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#Indicação HQ: Dominic Reider

Fala, criançada! Tudo bom?

Hoje trago a vocês um dos projetos de horror mais fodas que vi ultimamente. Tudo começou com uns desenhos no instagram e de tanto a gente perturbar a escritora/desenhista, ela finalmente atendeu a nossos pedidos!

Dominic é um homem perturbado, sádico, necrófilo e tudo o que há de escroto e que a gente gosta na ficção desse mundo perturbador do horror. Como sabemos, o ócio é um ótimo brinquedo para o diabo e Dominic conheceu o seu lado mais obscuro num dia qualquer e entediante quando um casal passava pela floresta perto de sua casa...





"São dez horas da noite. Você está deitado em sua cama, pensando e repensando sobre a sua vida e seus fracassos, está nervoso e é impossível relaxar. Você se revira em todos os cantos possíveis na tentativa falha de adormecer, porém todas as vezes as quais fecha os olhos você sente falta de algo. A sua vida é entediante. Você está entediado.

Seu nome é Dominic Reider, na época que sua mãe lhe teve ela era estimada e muito religiosa, por isso Dominic, “do Mestre”. Mas as coisas desandaram. Tudo desandou.

Está decidido: quer mudar de vida. Quer deixar toda aquela mesmice de sempre para trás. Há quanto tempo está sem se relacionar com alguém? Você se isolou em uma casa fechada desde o seu último e lamentável relacionamento. Todos os seus relacionamentos foram frustrantes. Provavelmente toda a sua vida (até agora) se resuma em sofrimento e frustração. Faz quantos anos que você não sente o calor de um corpo?

Você está cansado de ser o resto de um grande fracasso. Você quer se aventurar. Você quer viver. Você quer colocar em prática todas as suas perversões.

Levanta-se da cama, põe-se a vestir aquela camisa social branca encardida e amassada que você sempre deixa em cima da poltrona velha, um dos únicos bens que a sua mãe pôde lhe deixar, pobre coitada. Você termina de se vestir e se olha no espelho, aquele mesmo reflexo vazio de sempre. Está perfeito. Desce as escadas, sem pressa, sem compromisso, sem hora marcada. Seus passos são delicados, como se os degraus fossem frágeis retângulos de madeira ocos por dentro, abrigo há décadas para cupins.

Ao atravessar a floresta que cerca a sua casa, você mal se lembra da direção para estrada, é tudo muito escuro e seu cérebro se contorce como um sapo dentro do seu crânio. É impossível raciocinar direito. Você nunca precisou de bebidas para se sentir fora de si. Finalmente a estrada, consegue ver de longe os faróis de um carro antigo. Infelizmente, aparenta ser um homem no volante. É tarde demais, ele já jogou o farol alto em ti e está reduzindo a velocidade.

- Ei, rapaz! Boa noite! O que faz aqui a uma hora dessa? O seu carro quebrou? É muito perigoso essas redondezas… quer uma ajuda? - Ótimo, é do tipo que fala muito. Ele parece ser uma pessoa tão bondosa e apta a ajudar o próximo que chega a ser irritante. Mas você nunca diz não, nunca soube recusar nada em toda a sua vida. Talvez você tenha vergonha, ou talvez simplesmente não consiga.

- Aceito.

Você entra no carro sem dizer mais nada, fecha as portas e começa a verificar o novo ambiente em que está inserido. Aos seus pés encontra uma garrafa térmica de café e alguns jornais. O homem é jovem, aparenta seus 27 anos. Mas o que faz dirigindo sozinho a essa hora? Seu pensamento é interrompido ao olhar o retrovisor e ver alguém deitado no banco traseiro. Você se vira no mesmo instante e depara com uma imagem feminina adormecida, cabelos medianos e castanhos, assim como os seus. Pele macia. Você começa a ficar nervoso e ter dificuldades para respirar no mesmo momento, só de observá-la. Você sente a circulação aumentar devido ao coração acelerado e começa a suar frio. Você está começando a ter uma ereção.

- Sua esposa… ?

- Oh, sim! Desculpe, esqueci de me apresentar! Me chamo Damian e essa é a minha esposa Kendra. Estávamos indo visitar meus pais, mas acabamos nos perdendo e estamos aqui. Coitadinha, Kendra ficou tão estressada e assustada que acabou dormindo…

- Assustada… com o que exatamente? – Você coloca as duas mãos sobre o seu colo para disfarçar.

- Moço, esse lugar é assombroso!! Ainda mais a essa hora. O seu carro quebrou por aqui?

- Moro à dois quilômetros daqui, subindo uma estrada de terra. Estava fazendo uma caminhada noturna porque tive insônia e acabei me perdendo, pois minha lanterna apagou no meio do caminho. Você poderia me deixar em casa?

- Claro, meu chapa!! Vai me guiando aí. Só vamos tentar falar menos para não acordar a fera."

Uma das coisas que mais gostei na história da Sofia Midori foi o uso da narrativa em segunda pessoa, que ainda é um tipo de escrita pouco explorado. Se trata de te colocar na história como se o que está sendo contado estivesse acontecendo com você e ela estivesse narrando suas ações. Colocar o leitor como o abusador não deixa saída para quem está lendo e quebra essa mesmice de sermos as vítimas. Chega até a ser um tanto mais perturbador.
A história tem um potencial enorme não só pela sua narrativa, mas também pelo estilo do desenho ser algo diferente e que se encaixa bem com a história.

Para quem não tem problema com cenas fortes como necrofilia, torturas e afins eu recomendo demais que acompanhem a história!

Tudo está sendo postado no >TUMBLR< e também há uma página no  >FACEBOOK<.

Espero que gostem e deixem sua opinião para incentivar a escritora!

Comentários

  1. Você por um acaso sabe o que é a segunda pessoa ? Desemaranhe sua "observação"?!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sei sim! Inclusive pelo teu comentário fiz um update na postagem e expliquei um pouco o que é a narrativa em segunda pessoa. Dê uma olhada.

      Excluir

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